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JOSÉ VIEIRA FILHO, conhecido como Zé Vieira nasceu aos 23 dias do mês de Janeiro de 1922, no Prata em Minas Gerais, filho de José Vieira Arantes e Ambrozina Teodoro de Jesus.
A história do Sr.Zé Vieira tem muitos acontecimentos interessantes. Desde e pequeno trabalhou com o pai e os irmãos na lavoura para sustento da família. Também ajudava a mãe a cardar algodão para confeccionar os novelos para tecer as cobertas. Ainda tem várias cobertas que guardou de lembrança.
Sr. José Vieira, quando criança, não teve muita oportunidade de estudar. Seu pai, como os outros agricultores, pagava o professor que ia até a fazenda dar a aula para seus filhos.
Frequentou a escola durante 3 meses. Aprendeu a ler e escrever, fazer as três operações aritméticas. Só não aprendeu a dividir, pois saiu da escola antes.
Depois começou a namorar deixando a lida do campo. Foi trabalhar com seu tio na construção de currais e cerca de arame. Com o dinheiro que juntou na venda de madeira que serrava e com o trabalho da construção de cercas e currais preparou-se para o casamento.
Aos 17 anos casou-se com D. Arisdaia Rosa. Com ela teve dois casais de filhos. Três deles residem em Paranaiguara e 1 em Pontes e Lacerda no estado de Mato Grosso. Os filhos lhe deram 20 netos, 35 bisnetos e 03 tataranetos. Uma família formada por 5 gerações.
Pouco tempo sua esposa adoeceu e veio a falecer. Sr. Zé Vieira sentindo muita solidão e falta de sua esposa sentiu necessidade de arrumar outra companheira, pois achava que estava dando muito trabalho aos filhos. Então foi atrás da irmã de sua esposa, Augusta Rosa, também viúva, e com ela se casou.
De sua infância trás algo que guarda com muito carinho, uma cabacinha de 78 anos que ganhou do seu padrinho quando tinha 10 anos. Era seu brinquedo predileto na infância. Também herdou várias antiguidades da família como: panela de ferro, ferramentas, roda de fiar, cardas, descaroçador de algodão, máquina de costura a mão e outros.
Faz vários trabalhos artísticos como bordados, confecção de colchas e outros. Os trabalhos artesanais em madeira feitos por ele são maravilhosos. São confeccionados em uma oficina que ele construiu no quintal de sua casa.
Seu sonho é poder compartilhar todo esse conhecimento com gerações futuras deixando uma mostrinha de cada objeto.
É membro participante do Centro de Convivência da 3ª Idade. Começou a freqüentar a 15 anos, juntamente com sua primeira esposa que ensinava às colegas a arte do crochê e do bordado.
Quando sua esposa adoeceu afastaram das atividades diária do projeto. Depois de um tempo que ela havia falecido ele retornou as atividades. Para ele freqüentar o CONVIVER é muito gratificante, pois lá conversa com os amigos, esquece das doenças da idade, faz novas amizades, esquece as tristezas, não existe solidão e nem vê as horas passar. É uma maneira de divertir e entreter.